domingo, 15 de maio de 2011

Radares humanos e morcegos

Um leitor habitual fez-me chegar dois artigos da revista Água&Ambiente deste mês. O primeiro, intitulado, Tecnologia portuguesa pôs fim à mortalidade de aves, dá conta das supostas vantagens de um solução implementada no parque de Barão de São João, ao qual já nos havíamos referido aqui. A suposta tecnologia nacional não sei onde começa, porque o artigo refere que os radares vem do estrangeiro. Mesmo a suposta tecnologia não deve valer um caracol, pois o artigo refere (realces da minha responsabilidade):

Ou seja, durante os meses de presença de aves migratórias, estão também presentes nove ornitólogos da Strix em postos de observação, que determinam o risco real de haver uma colisão. No fundo, são estes colaboradores que dão a ordem final de paragem dos aerogeradores ao centro de controlo de E.ON.

O segundo artigo refere a problemática da morte de morcegos em parques eólicos, que também já aqui abordamos. O artigo é interessante porque aborda uma estatística pouco conhecida, e que refere que o ICNB, em Agosto de 2010, havia confirmado a morte de 363 morcegos, de 11 espécies diferentes, desde 2001. Informação que não está aparentemente disponível em lado nenhum, dado ser mais uma verdade inconveniente!